Arqueologia de afetos

Arqueologia de Afetos é um projeto artístico de longa duração inaugurado por uma viagem, realizada em 1997. Centrado nas histórias de família, sabidas ou não, ele envolve a realização de uma pesquisa complexa e sem bordas que convoca histórias, pessoas, objetos e lugares de alguma forma relacionados com os lados materno e paterno da família. Livros de artista, vídeos, fotografias, cartões postais, áudios, escritos e visitas a lugares constituem, aos poucos, um arquivo de histórias nunca antes ouvidas, objetos perdidos, nomes esquecidos, pistas, rastros, desencontros, lacunas e fissuras que sinalizam um passado que reverbera no presente. Materialidades e imaterialidades auto/biográficas tecem uma outra história familiar, a partir dos silêncios, esquecimentos, cacos, cansaços e lugares inalcançáveis. Interessam-se o quase, o descompasso e o triz.

Textos relacionados:
As raízes estão no mesmo lugar, por Adriana Paiva. Revista da Cultura, edição 108, Janeiro de 2017.
Autobiogeografia como metodologia decolonial, MAAR