
Em minha tese de doutorado cheguei à noção de “writing-making process” para indicar práticas em artes visuais que foram se constituindo como novas formas de escrever em meu trabalho. Passei a exercitar o lugar da escritora que habita as artes visuais para fazer da fotografia, da gravura, da arte postal ou dos livros de artista recursos para a prática da escrita. À medida que “escrever” foi se tornando uma prática imprescindível, a máquina fotográfica, a prensa, dentre outros equipamentos passaram a funcionar como “máquinas de escrever”. Por meio delas, registrei relatos em fragmentos, traços de memória, lampejos de histórias de vida que se dão entre imagem e texto, através desse fazer-escrita.


No ensaio visual Autobiogeografia conto que “Inicialmente, minha prática em Artes Visuais se transformou num processo de escrita expandida por meio do qual me lancei em experimentações visuais e textuais que passaram a funcionar como um método de autolocalização. A escrita autobiográfica tornou-se o modus operandi da minha prática e passei, então, a chamar meus processos de escrita de writing-making processes“.


Para conhecer mais sobre o que já foi produzido a partir do fazer-escrita, acesse alguns dos artigos disponíveis no Research Gate.
E aqui o primeiro #movingpoem: https://vimeo.com/683047912